15 de novembro de 2010

Não passaria daquela noite

Não passaria daquela noite. Amor reprimido adoece. Amor confessado alivia. Tomou uma ducha, barbeou-se, usou seu melhor perfume. Traje de missa. Pegou o carro e rumou para Copacabana. Avenida Atlântica. Encostou no meio-fio. Ela veio ao seu encontro. Trajes de puta. Inclinou o corpo para dentro do automóvel.
— Quer se divertir?
— Quero casar com você.
— Me conhece?
— De vista. Passo aqui todos os dias.
— Por que eu?
— Não sei. Paixão tem dessas coisas.
O sapo virou príncipe, Gata Borralheira, Cinderela. Ela largou as calçadas da vida, ele o emprego. Vivem de amor.

Um comentário:

  1. Zulmar, parabéns pelo blog e pelo microconto. Gosto muito do seu trabalho!
    Grande abraço da amiga,
    Nathalia Wigg

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