Trafegava tranquilo sobre duas gametas rosadas. Quanto infortúnio estar ali. “Pimenta nos olhos dos outros era gasolina”, pensou. “E por que não óleo diesel?”, questionou a mosca no retrovisor do assento direito da gameta esquerda.
“Sei lá! only Deus saberia tal resposta” disse Ranitraques que até o momento não se chamava Ranitraques, só recebendo tal nome no Dédalo-conto e virtude do autor haver esquecido de batiza-lo no inicio da narrativa.
“Ranitraques é um nome idiota”, sentenciou a mosca.
O autor indignou-se ante a afirmativa “E o seu? Como te chamas?
“Você ainda não me deu um nome?”
“Que tal Musca domestica?”
“Que falta de imaginação...”
Ranitraques perdeu seu senso de direção, entretido com o colóquio entre o autor e a musca. Quando se viu perdido entre as vaidades alheias, deu de ombros: não estava indo mesmo para lugar algum. Mas, o que era aquilo ali em frente?
Dois personagens do Carlos Cruz à procura do seu criador.
HAHAHAHAHHAHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHA!!!
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