14 de abril de 2011

Quando um coração sangra óleo diesel (experimentos surreais)

Trafegava tranquilo sobre duas gametas rosadas. Quanto infortúnio estar ali. “Pimenta nos olhos dos outros era gasolina”, pensou. “E por que não óleo diesel?”, questionou a mosca no retrovisor do assento direito da gameta esquerda.
“Sei lá! only Deus saberia tal resposta” disse Ranitraques que até o momento não se chamava Ranitraques, só recebendo tal nome  no Dédalo-conto e virtude do autor haver esquecido de batiza-lo no inicio da narrativa.
“Ranitraques é um nome idiota”, sentenciou a mosca.
O autor indignou-se ante a afirmativa “E o seu? Como te chamas?
“Você ainda não me deu um nome?”
“Que tal Musca domestica?”
“Que falta de imaginação...”
Ranitraques perdeu seu senso de direção, entretido com o colóquio entre o autor e a musca. Quando se viu perdido entre as vaidades alheias, deu de ombros: não estava indo mesmo para lugar algum. Mas, o que era aquilo ali em frente?
Dois personagens do Carlos Cruz à procura do seu criador.


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