7 de agosto de 2010

Lameque da Silva Hyde

Sujo, pervertido grotesco e bonachão, Lameque foi o pior poeta que eu já tive o desprazer em ler. Uma cópia mal ajambrada de Gregório de Matos. Contudo, diziam que seu contos eram bonzinhos, um Bukowiski mezzo-tupiniquim, mezzo-carioca com uma lábia forjada nos botequins fétidos de Copacabana. As personagens eram quase sempre oriundas do underground: bandidos, prostitutas, cafetões, desempregados, etc. Eu detestava seu estilo mas, como há gosto para tudo...

Lameque se foi. Dizem uns que morreu após devorar uma panqueca da carne (sua iguaria predileta) supostamente envenenada por um marido traído. Outros afirmam ter ele sofrido um ataque cardíaco em pleno ato dentro de um bordel copacabaniano. Nunca saberemos mas, ele deixou um legado, um pequeno e nada singelo livro de contos que, sabe-se lá porque, eu posto o link abaixo.
Aqui Jaz Lameque - Contos - Editora Agooks

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